O aumento do número de favelas ("Villas", como são conhecidas na Argentina) foi puxado pelo grande número de estrangeiros pobres e pela crise econômica e social de 2001, que empurrou parte da classe média para a pobreza, a favelização explodiu na Argentina na última década.
Três milhões de pessoas -7,5% dos estimados 40 milhões de habitantes do país- estão em "villas", segundo o Observatório da Dívida Social, instituto da Universidade Católica Argentina. Em 2001, a estimativa era de 1,5 milhão de favelados.
Do total atual, 2 milhões estão em Buenos Aires e na região metropolitana da capital, que registrava 1 milhão de favelados em 2001.
Não há índice oficial disponível sobre o número de favelados na Argentina.
O Observatório da Dívida Social classifica como favelas todas as áreas em que a urbanização é informal -não há regulamentação ou planejamento do Estado e os próprios moradores constroem suas casas, em terrenos dos quais não são proprietários.
A Argentina chegou a ter 55% da população abaixo da linha da pobreza, após o colapso econômico de 2001. A recuperação nos anos seguintes foi acompanhada pelo aumento do número de estrangeiros no país, vindos principalmente de países limítrofes.
"A Argentina nunca teve um programa habitacional do Estado. A área sempre esteve sob responsabilidade da iniciativa privada, que naturalmente excluiu os mais pobres", afirma Adaszko, pesquisador do Observatório da Dívida Social.
Com um deficit habitacional de 3 milhões de moradias, segundo o observatório, o problema saiu do controle em dezembro de 2010.
RAIO-X DAS FAVELAS ARGENTINAS
Fonte: modificado de Folha de São Paulo. Edição de 24/04/2010
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